Todas as fotografias são de esquinas em quatro cidades brasileiras. Sobral, Fortaleza, São Luís e Manaus. As fotografias foram tiradas durante uma viagem de pré-produção pra um projeto. O objetivo da viagem não foi para fotografar as esquinas! A ideia surgiu durante a viagem e resolvi fotografar esquinas interessantes que eu passava.
A esquina é o encontro de caminhos. As pessoas que seguem por esses caminhos, se encontram nas esquinas. Há esquinas que as pessoas apenas se cruzam, mas, há esquinas que elas param. Param pra que? Pra observar e ser observado, pra encontrar e ser encontrado, pra montar uma barraquinha e vender espetinho com cerveja, ou pra conversar e comer espetinho com cerveja. Existem, todavia, esquinas tão abandonadas que o lixo marca presença.
Sobralenses aproveitando o clima ameno no pôr-do-sol e a brisa do Aracati para bater um papo no centro da cidade
Um domingo no centro histórico de São Luís. Contaram-me que os prédios estavam abandonados, mas, no meu passeio pelo centro percebi que a palavra certa é maltratados ou esquecidos. Há muita gente morando nesses casarões do século XVIII e XIX, pessoas alheias aos cuidados do governo público, assim como os prédios.
O olhar desatento do vendedor de coco pro seu carrinho, mas, atento ao movimento da rua.
A esquina que virou uma feira.
Castanha do Pará ou do Amazonas? Num papo com uma Amazonense ela me contou que “essa história de castanha do Pará é invenção dos paraenses”.
As caras da fome. Nova receita brasileira, espetinho na brasa nas esquinas.
Sobram cores, cheiros e sabores nas ruas de Manaus.
Encontro com a simpatia.