Animascópio

Neste ano tenho tido o prazer de trabalhar representando o 202B em um projeto chamado Animascópio. Uma iniciativa de Diego Akel e Carol Vieira, que convidaram 5 artistas visuais (Daniel Chastinet, Fernanda Meireles, Luci Sacoleira, Narcélio Grud e Saulo Tiago) residentes em Fortaleza – CE para participarem de um laboratório de criação.

A proposta é incluir procedimentos do cinema de animação nos nossos trabalhos, oferecendo acompanhamento e tutoria. Experimentando diferentes maneiras, de acordo com nossas linhas de pesquisa, ampliando as possibilidades dos nossos processos de criação. A priori, cada um de nós construirá um pequeno filme como resultado dos nossos experimentos no laboratório. O nascimento do projeto vem da vontade dos idealizadores em difundir a produção do cinema de animação experimental na cidade, estabelecendo interseções com trabalhos de artistas que apontam possíveis vínculos com esta linguagem.

Para a criação do meu curta, estou tendo a oportunidade de trabalhar em parceria com o Clayton Bochecha, idealizador do Bochecha Estúdio. Produzimos também nos espaços do NUCA – Núcleo de Cinema de Animação, que Funciona na Casa Amarela Eusélio de Oliveira, onde trabalha um bocado de gente boa.

Texto: Saulo Tiago

Exibição NEGRO LÁ NEGRO CÁ na UNILAB

Hoje (06/05/2015) pude realizar a exibição do NEGRO LÁ NEGRO CÁ no lugar que provavelmente se concentra a maior quantidade de estudantes africanos aqui no Ceará. Expectativa de uma boa conversa após o filme, como nas outras exibições que pude fazer até então. E foi uma roda massa, galera muito interessante. É bom ver que seu filme mexe com as pessoas. E que, por mais que no momento não queiram externar seus pensamentos, acabam deixando transparecer uma inquietação durante e após assistirem.

A exibição na Unilab era uma espécie de ambição que eu tinha. Era, na verdade, quase uma obrigação imposta por mim mesmo. O filme ainda vai rodar por alguns lugares já marcados (como no festival Encontros de Cinema de Viana do Castelo, dia 9 de maio), por outros ainda com datas incertas e pelos que ainda possam surgir, sejam festivais, cineclubes, salas de aula ou no meio da rua. Em breve, também disponibilizarei um link público do youtube. Como tenho falado nas exibições: a principal intenção do filme é colocar o assunto na roda, fazer refletir, questionar.

O grande “X” foi que apenas um africano compareceu ao evento na Unilab. Sim, só um. Numa universidade em que 50% das vagas abertas são para estudantes africanos, apenas um foi assistir ao filme. Minha cabeça ficou borbulhando sobre os motivos disso ter acontecido, mas o fato é que voltei de Redenção com mais inquietações do que tranquilidade. Isso é bom!

O que tem no mercado?

Panelada, carneiro, tripa, celular, lâmpada, carne moída, Deus, língua ao molho, torneira, almofada, assado de panela, acerola, cano, ralo, sarrabulho, bicicleta, privada, fígado, cordel, placa, panela, cueca, galinha caipira, almodega, peixe, graviola,  alho, colher, sapato, cinto e planta medicinal. Tudo com atendimento personalizado.

Ensaio feito no Mercado São Sebastião – Fortaleza-CE 2013